quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Energia vulcânica

Povoada por vários vulcões em atividade, a América Central está se aproveitando da sua peculiar geografia para produzir energia limpa. E como a demanda por eletricidade já está acima da capacidade de produção dos países, medidas que diminuam a dependência das importações de petróleo se tornam cada vez mais importantes. Isso porque o óleo ainda é a principal fonte geradora de energia.

Situada acima de placas têctonicas móveis conhecidas por causarem terremotos e erupções vulcânicas, a região tem um grande potencial para a produção da energia geotérmica, que é gerada pelo calor armazenado nas profundezas da terra.


Apesar de terem uma construção muito cara, as usinas geotérmicas são uma confiável e duradoura fonte de eletricidade. Além disso, elas são mais ecologicamente corretas que as hidrelétricas, que muitas vezes alteram de forma bastante acentuada a flora e a fauna das regiões onde são instaladas.

Canos levam a água até a região próxima aos vulcões. Para ser aquecida, a água passa por câmaras feitas com pedra de lava fundida que são construídas nas profundezas do terreno. A água sai das câmaras a uma temperatura de 175 graus e é levada pelos canos de volta para a usina, onde o vapor é usado para gerar energia.


A Guatemala, maior país da América Central, planeja que 60% da sua energia seja gerada por geotérmicas e hidrelétricas até o ano de 2022. Para isso, o governo local está oferecendo incentivos fiscais para a implantação de usinas movidas a calor vulcânico. Já as agências reguladoras estão exigindo que os distribuidores comecem a comprar energia limpa em larga escala. Segundo a Reuters, atualmente o país gasta cerca de 2 bilhões de dólares por ano em importações de petróleo.

Já em El Salvador, mais de um quinto da energia consumida é gerada por duas geotérmicas, e há pesquisas para a construção de uma terceira. A Costa Rica, por sua vez, possui quatro dessas usinas e, em janeiro do ano que vem, a quinta entrará em operação.

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