quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um aliado da tecnologia

Fernando Paradeda é daquelas pessoas inquietas por natureza. Três vezes campeão mundial de Jiu Jitsu, atualmente ele se dedica mais aos negócios do que ao tatame. Sócio da Sul Jiu Jitsu, da fabricante de quimonos Desert, e da Abu Dhabi Pro, ele ainda encontra tempo para presidir a Federação Gaúcha de Jiu Jitsu e ser diretor da FIJJA, federação internacional da modalidade.

Para conciliar todas essas atividades, Fernando está conectado o tempo todo, seja através da internet ou de um dos seus aparelhos celulares. Curioso por tecnologia, ele está sempre atrás das últimas novidades. Atualmente, usa dois aparelhos Blackberry e um Nextel. “O Nextel é muito útil quando estou viajando. Com ele eu posso falar com a minha família e seguir administrando os meus negócios, mesmo estando em outro país”. Quando está em seu escritório, Paradeda usa muito o Skype, principalmente para falar com o pessoal de Abu Dhabi. No dia dessa entrevista, a internet de Fernando estava for a do ar. “Passei o dia sem conexão. É incrível, sem internet a gente perde o contato com o mundo”.



Ele é um dos organizadores das seletivas brasileiras para o Abu Dhabi Pro, campeonato que é uma espécie de copa do mundo do Jiu Jitsu. Paradeda também trabalha em um programa desenvolvido no emirado árabe que introduziu o Jiu Jitsu como atividade obrigatória nas escolas. Vários professores formados na sua academia estão participando do projeto.

Na opinião do empresário, que há alguns anos parou de lutar profissionalmente, não se ganha dinheiro no tatame. “Meus mestres (Walter Mattos e Zé Mario Sperry) me ensinaram que o Jiu Jitsu não dá grana, mas através dele fazemos um network que nos abre várias portas no mundo dos negócios.

Um exemplo prático disso é a fábrica de quimonos Desert. “Recentemente fizemos a maior exportação de quimonos da história. Mandamos 11 mil quimonos para os Emirados Árabes”, conta Fernando sem esconder a satisfação.


 Nas horas de lazer, Paradeda gosta de fazer Kitesurf. Surfista e vindo de uma família de velejadores, ele começou a praticar o esporte há 4 anos, sendo um dos pioneiros do estado. “Hoje em dia o mais difícil é arranjar tempo, mas sempre que posso e tem vento vou para Osório ou Tramandaí fazer um kite”. E até quando está na água Fernando continua conectado com a tecnologia. Através do H2O Áudio, equipamento que funciona como uma caixa estanque impedindo a entrada de água, ele pode ouvir o seu iPod enquanto veleja.


A fala tranqüila e fluente de Paradeda parece ser contraditória com a sua personalidade agitada, sempre em busca de novos horizontes e desafios. Mas se você lembrar que se trata de um seguidor de uma arte oriental, vai perceber que tudo faz sentido. E talvez seja esse o grande segredo da sabedoria dos orientais, transformar ansiedade em proatividade e sabedoria.

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