quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Reciclagem Monitorada


Lixeiras high-tech vão denunciar cidadãos que não reciclam seu lixo, e aqueles que não se conscientizarem terão que pagar uma multa. A medida faz parte do ultra moderno sistema de coleta que será implementado, a partir do ano que vem, na cidade de Cleveland, nos Estados Unidos. Para isso, as latas de lixo e as de material reciclável terão chips de identificação por frequência de rádio e código de barra.

Os chips permitirão que os funcionários do município monitorem com que assiduidade os moradores colocam seu lixo para ser coletado. Se o chip mostrar que uma lixeira de material reciclável não foi posta no meio-fio em semanas, um supervisor de lixo vai fazer uma busca nos restos atrás de produtos recicláveis.

“Lixeiras contendo mais de 10% de material reciclável podem levar a uma multa de 100 dólares”, explica Ronnie Owens, Comissário de Coleta da cidade. Os produtos que podem ser reciclados incluem vidro, metal, latas, garrafas, papel e papelão.


A Câmara Municipal de Cleveland aprovou na semana passada uma verba de 2,5 milhões de dólares para a compra de lixeiras high-tech para 25 mil domicílios, expandindo um programa-piloto que iniciou em 2007 com 15 mil lares. A expansão vai continuar no ritmo de 25 mil casas ao ano, até que praticamente todas as residências da cidade estejam incluídas. Lixeiras já existentes também devem ser atualizadas com os microchips. O novo sistema também inclui a compra de nove caminhões equipados com braços mecânicos que esvaziam as latas por controle remoto.

A tendência está se espalhando por outros lugares. O subúrbio de Alexandria, no estado americano de Virginia, anunciou no início do ano que vai monitorar as latas de lixo para saber se as pessoas estão reciclando ou não. E na Inglaterra algumas cidades estão usando lixeiras de alta tecnologia para pesar a quantidade de material que os cidadãos colocam fora. Aqueles que ultrapassam o limite estabelecido são penalizados com uma multa.


A reciclagem é boa para o meio ambiente e para as contas da prefeitura, dizem as autoridades locais. Cleveland gasta U$ 30 por tonelada despejada em aterros, mas recebe U$ 26 por tonelada reciclada. Ano passado o município mandou 220 mil toneladas de lixo para aterros, e coletou 5.800 toneladas de recicláveis.
Segundo o Comissário Owens, a cidade vai conduzir uma campanha pública para educar seus moradores a respeito do novo sistema de coleta e do programa de reciclagem.

Em tempos de eleições, bem que uma iniciativa como essa poderia entrar na agenda dos candidatos.

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