terça-feira, 20 de julho de 2010

Segurança e sustentabilidade na cabeça

Matt Reynolds, professor assistente do departamento de engenharia elétrica e da computação da universidade de Duke, nos Estados Unidos, criou um capacete duplamente inovador. Ainda em protótipo, o utensílio possui um pequeno microprocessador e um bip que emite um alerta cada vez que o seu usuário se aproxima de um equipamento de construção perigoso.


Mas o mais revolucionário a respeito do SmartHat é que o seu sistema dispensa o uso de baterias. O microprocessador e o bip demandam tão pouca energia que eles conseguem se abastecer usando apenas as ondas de rádio que estão no ar.

As ondas são geradas pelos transmissores sem fio instalados nas patrolas e escavadeiras para rastrear a sua localização. Para determinar se o usuário do capacete está próximo demais dos equipamentos de construção, o microprocessador monitora a força e a direção do sinal de rádio emitido por eles.

Reynolds projetou o SmartHat junto com Jochen Teizer, professor assistente da escola de engenharia civil e ambiental da universidade Geórgia Tech. A dupla faz parte de uma corrente de pesquisadores que está desenvolvendo aparelhos e sistemas que consomem tão pouca energia que ela pode ser provida pelas ondas de rádio do ambiente, o que reduz ou até elimina a necessidade de baterias.

Enquanto cientistas como Reynolds e Teizer trabalham para reduzir a energia demandada pelos equipamentos, outros estão aprendendo formas de captar energia do ambiente. “Um dia esses dois campos vão se encontrar, e então vamos ter aparelhos que funcionarão indefinidamente”, diz Brian Otis, professor do curso de engenharia elétrica da universidade de Washington.

Otis, que projeta e implementa circuitos integrados com sensores sem fio, faz parte do primeiro grupo. Já Joshua Smith, engenheiro chefe do centro de pesquisa da Intel em Seattle e também professor da universidade de Washington, desenvolve formas de captar a energia que está no ar e será desperdiçada. E há muitas ondas de rádio no ar para serem captadas. Elas são geradas por transmissores Wi-Fi, antenas de celular, torres de TV e estações de rádio.

Segundo Smith relatou ao New York Times, “ondas de rádio do ambiente já podem prover energia suficiente para substituir pilhas AAA em calculadoras, sensores de umidade, de temperatura e relógios”.

O desenvolvimento de uma tecnologia como essa significa uma diminuição no consumo de pilhas e baterias, ou seja, menos lixo tóxico na natureza.

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